terça-feira, outubro 30, 2007

De Espanha nem bom vento nem bom casamento

A beatificação de 498 fiéis martirizados na perseguição religiosa que teve lugar durante a Guerra Civil (1934-1939) não deve ser vista de um ponto de vista político, disse um cardeal de nome Tarcisio Bertone, que é o Secretário de Estado do Vaticano. É só isto que o Sr. Cardeal tem a dizer quando o lembram dos martirizados pelos regimes de Franco e outros ditadores? Com tanto santo que ultimamente se tem formado, corro o risco de dar um pontapé numa perda e sair debaixo dela um qualquer santo ou beato. Esta especialidade de fazer chover no molhado, é resultado da encenação de beatificações que em Espanha se tem vivido, enquanto os ventos de civilidade a vão varrendo. Nem todo o vento que vem de Espanha é, obrigatoriamente, mau. http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=52317&seccaoid=4&tipoid=32

sexta-feira, outubro 26, 2007

Quinta biológica

Houve em tempos quem clamou por um entreposto de produtos agrícolas para o concelho de Cantanhede. Ora essa bandeira está a ser erguida, na prática, ali para os lados de Montemor-o–Velho, bem à saída Auto-estrada em Arazede. Por cá tem-se desprezado os poucos agricul­tores que temos e os seus produtos, deixando-se ficar em regadios de relvados de jardins, rotundas e quintas biológicas de vocação duvidosa. Sabendo todos nós o estado lastimoso a que chegou a agricultura na Gândara após reforma da PAC, não seria acertado que a Excelentíssima gestão da Câmara de Cantanhede, já que tem a A17 quase pronta, cujo nó de ligação no concelho é aqui entre Sanguinheira de Baixo e Escoural, pensar e planear em coisa idênticas, tal como uma plataforma comercial e industrial (porque não), na linha das melhores técnicas e conceitos disponíveis, ali para a Sanguinheira de Baixo e Sequilha, em vez de lançar projectos para mais campos de futebol?

terça-feira, outubro 23, 2007

Tom Jobim and Andy Williams

Má-língua, só pode! (2)

(Paula Rego)
O Papa associa-se à erradicação da pobreza, fazendo umas férias de 9 a 27 de Julho, em Lorenzo di Cadore, pela módica quantia de 1 milhão de euros. O que importa é movimentar a economia, fazer circular o guito para que este seja bem crivado e filtrado, tal qual faz a baleia enquanto pesca e come. Má-língua do jornal lemonde , só pode!

Má-língua, só pode! (1)

A famosa e célebre piscina na Freguesia da Tocha, que segundo uns já esteve na Praia e segundo outros no centro da Vila, além de ter a barba mais branca que a minha, é um fenómeno orçamental. Em planos e orçamentos da Câmara Municipal de Cantanhede, a célebre piscina de que muitos nem se lembram, já teve orçamentado uma quantia de 200.000 Euros para a sua construção…. Agora a má língua disse-me que este ano o orçamento e plano a contempla com 50 €, e que já no ano passado tinha 50 € para a sua execução. É que 50 Euros é o custo de armazenagem anual de um placar que anuncia a obra. Má-língua, só pode! Basta ler o manual do plano e orçamento.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Má-língua, só pode!

Bem aqui ao lado do Escoural a construção da A17 avança em bom ritmo, já se vendo forma às pontes, viadutos, acessos, portagens e áreas de apoio, enquanto a estrada municipal Cantanhede – Tocha, a que deverá dar acesso ao nó de entrada e saída à A17, tem as obras paradas. Contaram-me que o empreiteiro levou as máquinas, deixando as placas e as terraplanagens já efectuadas a apanhar ervas nas primeiras chuvas de Outono, apesar de financiamento do governo do Socras. Má-língua, só pode!
Contaram-me que a percentagem da capacidade de endividamento utilizada pela Câmara Municipal de Cantanhede subiu 12%, só no último ano, faltando pouco para atingir a capacidade de endividamento “zero”, pois esta Câmara da Cantanhede não é menos que a de V.N de Gaia. Má-língua, só pode!
Claro que é má-língua, pois só mesmo a má-língua transformaria uma urna de voto numa caixa de Multibanco, num concelho onde roubar um caixa de Multibanco ou uma urna de voto foi prática já vista.

A seca da pobreza

No meu tempo de menino, a pobreza era apregoada como quase virtuosa e salvadora, isto quer de cima do púlpito, quer no discurso oficial ou oficioso. A Escola era uma contínua catequese de louvor à pobreza e o quanto deveriam ser virtuosos os pobres, pobres mas honrados. Depois, como viveriam os bons, aqueles que desejariam passar a vida praticando o bem na terra para ganhar o bem do céu, pois até a chave da felicidade estava em vestir a camisa de um pobre que a não tinha para vender? A pobreza é envergonhada e envergonha-nos, e não se avalia só em euros.

terça-feira, outubro 16, 2007

Porta judia na Guarda

A ganância nefasta dos homens que destroem portas de vidas, é prova que a arte se torna vital à necessária memória humana.

Adriano

Encontros

Aqui podemos consultar o programa . Aqui podemos fazer a inscrição.

As minhas músicas

segunda-feira, outubro 15, 2007

Luís Filipe Menezes - 1995

A minha Académica

Naquele meu tempo de menino todos éramos da Académica, e ao mesmo tempo se podia ser do Benfica ou do Sporting. “Vai buscar Maló” servia para as duas hipóteses: quando o guarda-redes, ou melhor guarda-paus sem qualquer rede, defendia ou teria que ir buscar a bola, que não saltava pois era cheia de trapos, bem dentro do pinhal.

Uma realidade tranquila

Os argumentos hipócritas vão sendo rebatidos pela realidade.
Era uma questão de saúde pública, além de uma questão de Ética prática, na minha opinião, o que se votou no último referendo. Três meses depois da entrada em vigor da nova lei do aborto, o Serviço Nacional de Saúde faz um balanço positivo da aplicação da lei, falando mesmo em revolução tranquila. Par ler e ouvir, clicar aqui: http://www.tsf.pt/

sexta-feira, outubro 12, 2007

Passamos e esquecemos

"Passou a diligência pela estrada e foi-se;
E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia. Assim é a acção humana pelo mundo fora. Nada tiramos e nada pomos; Passamos e esquecemos; E o sol é sempre pontual todos os dias" [Fernando Pessoa]

quarta-feira, outubro 10, 2007

segunda-feira, outubro 08, 2007

Mais um para a casa dos entas

Entre presentes de índole tecnológica e cultural que hoje me ofertaram, destaco este.
Daqui a 51 anos deixarei a casa dos entas.

Hora de sesta

(Clicar sobre a foto para aumentar)

domingo, outubro 07, 2007

Os clientes e a tasca

Quando alguns clientes deixam de frequentar a tasca, esta fica diferente e em alguns casos ficamos todos, os frequentadores habituais, a perder e a aguardar a volta dos companheiros de copo. http://bloguitica.blogspot.com/ http://tugir.blogspot.com/

sábado, outubro 06, 2007

Galiza quer integrar lusofonia

(Clicar sobre a foto para aumentar)
A região espanhola da Galiza quer fazer parte da Lusofonia e participar nos acordos sobre a língua portuguesa, através de uma academia que será formalizada no próximo ano. Ler mais aqui.

À espera do milagre da N.S. da Eleição

Numa aldeia beirã “nasceram” couves em plena rua. No Escoural quando chove, mas só quando chove, pratica-se a pesca da pardelha com cesto de esterco, graças ao alto patrocínio da Câmara Municipal de Cantanhede. Os habitantes da aldeia ainda não perderam a devoção à N.S. da Eleição e a bênção do Sant’Asfalto Eleitoral.

Manhãs de claridade

(Ontem, ao entardecer)
A hora de almoço, na Nazaré, liberta um aroma salivante que invade as ruelas das casas todas bem juntinhas, cuja brancura ilumina o promontório. Depois de uma noitada no bar do Tola, o que fazer quando se acorda à hora do cheiro de almoço se não mais do que descer para beber uma água com gás, a limpeza química do reservatório, e subir as escadas que me levam ao aroma do arroz de safio?

quinta-feira, outubro 04, 2007

quarta-feira, outubro 03, 2007

À memória do menino Zé e do seu pai Manel

Esta é a ficha escolar do menino Zé, filho do Manel que plantou pereiras no seu quintal e que actualmente eu sou o proprietário, por herança. As árvores ainda estão vivas no meu quintal do Escoural.
Aqui, eu as prometo tratar com o carinho e técnicas das melhores que sei e acho.

Falamos do que amamos

Falamos do que amamos. Tudo o que tenho passado pela minha vida é um pouco do que sou. O que partiu deixou um pouco e levou um pouco de mim. Foi algo semelhante a isto que li, em tempos, de Sáint - Exupèry. Com a vida vou aprendendo a perceber o que li em tempos.
Atingir a sabedoria de vida como Ribeiro dos Santos é uma bênção e um caminho apontado a viver a vida com amor, porque quando amamos não somos donos nem proprietários do que amamos.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Suécia - criação da "Sociedade B"

A Suécia começa a criar este mês uma nova revolução social, com a introdução da chamada "Sociedade B" – uma sociedade que leva em conta os diferentes ritmos biológicos dos indivíduos para introduzir horários alternativos de funcionamento para escolas, locais de trabalho, universidades e organizações. A primeira instituição sueca a implementar o esquema é uma escola secundária de Gotemburgo, que a partir de setembro vai oferecer turnos opcionais entre 8 da noite e 8 da manhã. "Por que precisamos trabalhar todos no mesmo horário, e enfrentar os mesmos engarrafamentos?", pergunta o manifesto do movimento B-Samfundet ("Sociedade B"). "Por que temos que correr ao mesmo tempo para pegar as crianças na escola antes que elas fechem? Por que tudo tem que funcionar nos mesmos ritmos e horários, se isso causa problemas gigantescos na infra-estrutura da sociedade?" Origem dinamarquesa O B-Samfundet tem origem na Dinamarca, onde o movimento foi criado no ano passado. Ainda neste outono europeu, a Sociedade B será introduzida na Noruega e na Finlândia, e para outubro está previsto o lançamento na Grã-Bretanha. A Sociedade B se baseia em pesquisas científicas que indicam que cada indivíduo tem seu próprio ritmo biológico, uma espécie de "relógio interno" que é geneticamente determinado. Segundo essas pesquisas, uma "pessoa B" possui um ritmo interno de 25 a 27 horas, enquanto o de uma "pessoa A" tem um ciclo de 23 horas. As "pessoas B" são mais produtivas no final do dia e têm dificuldades de despertar de manhã cedo, que é quando as "pessoas A" são mais ativas. É um movimento contra a tirania do despertador, que ao mesmo tempo se encaixa no debate sobre a criação de uma sociedade de horários mais flexíveis, com maior equilíbrio entre trabalho e lazer - e melhor qualidade de vida. "Nosso objetivo é acabar com as rígidas disciplinas de horário da sociedade industrial, em que todos chegam ao mesmo tempo e saem na mesma hora", disse em entrevista a BBC Brasil Erika Augustinsson, vice-presidente do B-Samfundet. "Vivemos em uma nova sociedade e queremos criar um novo jeito de viver, que respeite também os diferentes ritmos internos das pessoas", acrescentou. Preguiça? Erika destaca que esses diferentes ritmos biológicos também são uma realidade nas escolas, onde um grande número de crianças e adolescentes tem dificuldades de concentração pela manhã. Ou seja, esses alunos não têm exatamente preguiça de levantar para ir à escola – eles são apenas "pessoas B". Na escola Vasa Lärcentrum, na cidade de Gotemburgo, o turno da tarde/noite está sendo introduzido depois de uma pesquisa realizada com os 150 alunos da instituição. "A pesquisa mostrou que muitos estudantes consideraram a idéia bastante positiva", contou a BBC Brasil Ingela Welther, gerente de planejamento do Departamento de Educação do governo de Gotemburgo. Segundo ela, a extensão do horário de funcionamento da Vasa Lärcentrum é uma experiência inicial, que poderá ser levada às outras escolas da rede pública:"O objetivo é fornecer alternativas que ajudem os alunos a lidar melhor com seus estudos, e a completar sua educação com êxito". Ingela Welther destacou ainda que a introdução do cronograma alternativo possibilita também o melhor aproveitamento das instalações da escola, que poderá absorver mais alunos. Em outubro, o movimento Sociedade B estará lançando o primeiro website do mundo direcionado a oferta e busca de empregos para pessoas "B".
(Recebido por email)

Com as quotas em dia

Não está fácil

A vida está difícil para muitos dos portugueses e a dos partidos políticos, sem excepção, não foge à regra. Sem lugares e benesses para distribuir a coisa vai mal para se poder fazer a tradicional e clássica política à portuguesa, prova provada que não se pode tirar onde não há. Algumas ditas elites da política que nunca mexeram uma palha, aparecem agora assustadas com a deriva populista que vem montando a demagogia de futuras novas benesses a distribuir. Esta onda varre todos os partidos, quer sejam da área do poder, veja-se a eleição do novo líder do PSD, quer sejam aqueles que o não desejam, pois nada têm a propor como alternativa além da defesa da não mudança, vulgo conquistas alcançadas ou dos chamados princípios moralistas de diversa ordem. Paralelamente, um movimento anti partidos, ou melhor, a anti partidocracia está por aí, como se viu na abstenção nas intercalares de para a Câmara de Lisboa. No ensaio sobre a lucidez, José Saramago já tinha alertado para o caso. O maior risco para a Democracia está no descrédito dos próprios partidos políticos, mas são os partidos políticos que terão de encontrar a capacidade de mudar, não apenas as moscas mas também a trampa. Se tal não foi feito atempada e continuadamente, o descrédito aumentará e não se venham depois queixar quando chegar o dia das surpresas. É interessante e sintomático o que Pacheco Pereira fez ao símbolo do seu partido, invertendo-o.