terça-feira, fevereiro 27, 2018

Mexe-te!


Atinge o ponto da dormência. Os olhos ficam semicerrados e a vista como a ordenar o dormitar, esforçando o olhar como que uma névoa se formasse em seu redor. A saliva, ainda com o sabor do pedaço de pão comido pela manhã, escorre pelos cantos internos da boca, por entre as gengivas. Se pudesse, voltaria para a cama, aproveitando o embalo da fria chuva morrinha que se vê para além do alpendre, a sumir-se pelos pinhais adentro.
Mexe-te, pensou! Mexe-te que os gestos arrebitam qualquer um.


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